Sala de aula – EducaTech.pt https://www.educatech.pt Literacia Digital para Professores Thu, 06 Apr 2023 11:52:04 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://i0.wp.com/www.educatech.pt/wp-content/uploads/2018/11/cropped-Ico.png?fit=32%2C32&ssl=1 Sala de aula – EducaTech.pt https://www.educatech.pt 32 32 157763028 Educaplay – Criar jogos Educativos de uma forma fácil https://www.educatech.pt/educaplay/ https://www.educatech.pt/educaplay/#comments Sun, 12 Sep 2021 13:15:00 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2185 Sei que alguns colegas já utilizam alguns jogos com fins pedagógicos, que já existem muitos exemplos online e que as editoras ajudam bastante com algumas atividades digitais.

No entanto, ficamos muitas vezes com aquela sensação de que para os nossos alunos deveria haver algo mais específico, mais adaptado. Algo que permitisse trabalhar de forma diferenciada, de acordo com as dificuldades de um aluno ou de um grupo de alunos.

Pois bem, o exemplo que vos trago hoje pode ajudar a resolver algumas destas preocupações.

educaplay

Educaplay é uma plataforma para criação de atividades educativas criada pela AD Formación em 2010, uma empresa de formação online de La Rioja, em Espanha.

Contando com quase com 10 anos de produção de conteúdos, na plataforma Educaplay podemos encontrar milhares de exemplos de jogos educativos criados pelos utilizadores registados, utilizá-los e partilhá-los com os nossos alunos.

Mas, o mais interessante será a possibilidade de podermos ser nós os criadores destas atividades, e isso está apenas à distância de um clique.

Inicio hoje uma pequena aventura de criação de vídeos sobre esta plataforma e faço-o por 2 motivos:

  • Apresentar e partilhar esta ferramenta de criação de jogos, com exemplos práticos para utilização na escola;
  • Para dar vida ao canal Educatech.pt no Youtube, treinando a criação e partilha de vídeos.

Neste primeiro vídeo apresento a plataforma Educaplay, mostro os vários tipos de atividades que podemos utilizar ou criar e algumas das possibilidades da sua utilização no dia-a-dia do professor. Depois, irei iniciar uma série de vídeos com instruções passo-a-passo para criar cada uma das atividades no Educaplay.

O que é a Educaplay?

Já premiada por diversas vezes, a Educaplay possibilita, de uma forma muito simples, a criação de conteúdos com grande qualidade visual de uma forma muito simples. Para além disso:

  • É uma plataforma gratuita que permite a criação de uma variedade de recursos educativos multimédia e interativos.
  • Não é necessário ter conhecimentos de programação, apenas entender a lógica de funcionamento e configuração de cada atividade.
  • Como em muitas outras plataformas online, permite a partilha nas redes sociais, o envio por email e a incorporação em espaços externos, por exemplo nas plataformas de apoio à aprendizagem como o Moodle ou o Google Classroom.
  • A versão Premium permite configurações avançadas na apresentação das atividades, algumas ferramentas extra e a remoção da publicidade nas atividades educativas.

Para utilizar o Educaplay, basta ter acesso à Internet num browser (computador, telemóvel ou tablet). Para criar atividades é necessário um registo simples, que poderá também ser feito diretamente através da associação à conta Google, Facebook ou Microsoft.

Que vantagens para o Professor?

Para evitar análises simplistas à incorporação de jogos nas práticas de ensino, é importante referir que este tipo de atividades deve servir como complemento ao trabalho de cada professor e poderá ser um estímulo importante para os alunos com dificuldades.

As potencialidades são imensas, portanto, cada um poderá encontrar a forma mais criativa e útil para rentabilizar esta ferramenta.

De entre as muitas valências do Educaplay, seleccionei algumas que podem ser interessantes no nosso trabalho:

  • Através da criação de grupos, é possível incentivar a participação individual ou de equipas.
  • Associando a uma plataforma de apoio à aprendizagem, podem criar-se atividades com prazos de conclusão.
  • O professor tem acesso às estatísticas que podem servir como elementos de avaliação (acesso ao resultado, tempos e tentativas).
  • Criar ou aceder a Atividades multilíngues (espanhol, inglês, francês, português, italiano etc.).
  • Permite a interação e o feedback automático e imediato dos professores para os alunos.
  • Algumas atividades como ditado e diálogos permitem a gravação de voz.
  • Podem ser lançados desafios que estimulem a participação dos alunos.
  • Podem ser os alunos a criar os jogos desenvolvendo diversas competências digitais.

Que tipo de atividades?

O Educaplay tem vindo a evoluir no tipo de atividades que disponibiliza e, neste momento, conta com 16 tipos de atividades.

Com um pouco de engenho poderás criar palavras cruzadas, adivinhas, sopas de letras, jogos de memória, entre outros… sobre um determinado tema, proporcionando aos teus alunos um contacto diferenciado com os conteúdos da disciplina.

Atividades


Espero que tenham gostado das possibilidades.

Se gostaste do conteúdo deste vídeo, se conheces alguém a quem possa interessar este tema, então peço que o partilhes. Subscreve também o meu canal no Youtube!

Agradeço a tua colaboração.

Bom trabalho!

Créditos da Imagem de Destaque

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Como utilizas o vídeo em sala de aula? https://www.educatech.pt/como-utilizas-o-video-em-sala-de-aula/ https://www.educatech.pt/como-utilizas-o-video-em-sala-de-aula/#respond Tue, 11 May 2021 10:01:00 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=712 Como é óbvio, a utilização do vídeo em sala de aula não é nenhuma novidade de última hora, já se faz há muitas décadas. As grandes diferenças podem estar relacionadas com: a quantidade e a facilidade no acesso; a velocidade para a obtenção do vídeo; a diversidade dos temas abordados nos vídeos; a qualidade do vídeo e possibilidade de interatividade com os filmes.

São razões mais do que suficientes para perceber que existem grandes disparidades na comparação da atualidade com tempos mais longínquos.

O vídeo pode ser uma ferramenta didática muito interessante tanto na dinâmica de uma aula, como na construção do conhecimento. Pode ser muito atrativo para os alunos, ser manuseado facilmente para se atingir objetivos específicos, proporcionando a conjugação da visão e da audição, podendo tocar os sentidos e os sentimentos mais facilmente e envolvendo os alunos de uma forma mais intensa (Janete Borges Silva).

Nesta abordagem que trago sobre a utilização do vídeo em sala de aula, posso começar por dizer que esta não é a solução milagrosa que resolve todos os problemas de concentração, atenção ou interesse. Mesmo sendo aplicada em alunos que pertencem à geração que “consome” mais horas de vídeo.

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photo created by freepik – www.freepik.com

Numa abordagem simplista, seria fácil dizer-se que o vídeo é, por si só, motivador do envolvimento dos alunos. Mas, no terreno, sabemos que não é bem assim.

O vídeo…

Para a maioria de nós (os mais maduros), o vídeo, em termo de horas de visualização, está associado à televisão. Também ao cinema, mas maioritariamente à TV.

No caso dos nativos digitais, o vídeo está muito mais associado à Internet, principalmente ao Youtube. A interatividade e a liberdade de escolha em nada se assemelham ao formato com o qual crescemos.

A televisão também está diferente, porque, para além de podermos escolher os programas, filmes, documentários que gostamos, podemos interagir com o decurso de uma história e até emergir num filme através da realidade virtual.

Para além destas diferenças no formato, os jovens têm uma associação, quase umbilical, do vídeo com o lazer, diversão, o descanso, quase nunca com escola, ou trabalho.

Film

Ora, já se está a ver que a predisposição para assistirem a um vídeo em sala de aula, nem sempre é a melhor. Nem sequer têm headphones e não podem estar a trocar mensagens em simultâneo, nem tão pouco a comentar, ou discutir, nos comentários! Bahh!

Por estes motivos, quando pensamos em introduzir o vídeo em contexto curricular, devemos fazê-lo de forma muito bem pensada, para que não seja um esforço inglório.

Como não deves utilizar o vídeo em sala de aula!!!

Para começar, no meu ponto de vista, há algumas formas inadequadas de utilização que devemos evitar ao máximo:

Vídeo para “encher chouriços”

Apesar de poder ser uma prática quando o professor já terminou o programa, num final de período quando a auto-avaliação já está feita, ou até mesmo num dia em que, por indisposição, nos esteja a ser difícil orientar uma aula, deve ser eventual e nunca recorrente, porque se a frequência for grande há um grande risco de desvalorização do vídeo e ficará associado a “não ter aula”.

Vídeo “disfarçado”

A exibição de filmes descontextualizados, cujo conteúdo não está relacionado com a disciplina, pode ser um alívio para os alunos num determinado momento mas, se for recorrente, pode induzir uma “camuflagem” da aula. Existem casos frequentes como a colaboração nos projetos de Educação para a Saúde ou Sexual, ou outro, onde o visionamento de um filme pode ser uma boa opção, devidamente contextualizada.

Maratona de Vídeos

Por vezes, o vídeo gera bons resultados com algumas turmas. Finalmente se conseguiu a concentração e atenção de um grupo de jovens! O professor fica entusiasmado e aposta forte nesta estratégia. E começa a maratona! Atenção! Como em qualquer caso, o excesso pode ser imprudente. A combinação de estratégias e dinâmicas de aula é, e sempre foi, a melhor alternativa para se conseguir criar bons ritmos de aprendizagem. Naturalmente que o uso exagerado do vídeo (computador, internet, projetos, desafios, aulas expositivas, etc…) diminui a sua eficácia e pode ter efeitos contraproducentes.

O Vídeo perfeito

Sim, também nesta área existem os perfeccionistas. Certamente já se cruzaram com o professor “crítico” fanático da qualidade dos filmes, tanto ao nível das informações de conteúdo como da estética.

Em vez de procurar a perfeição pode ser mais interessante analisar e discutir com os supostos erros, naturalmente com adaptações em relação à idade dos respetivos alunos.

Vídeo solitários

Esta categoria pode casar com as duas primeiras. O professor lembrou-se de passar um vídeo. Nessa aula e nas próximas a abordagem é apenas “Vamos ver este filme”. Este caso deve ser o mais raro, creio. Por isso é importante evitá-lo ao máximo.

Os Vídeos da Avozinha

Estive quase a não incluir esta categoria, mas não resisti. É o exemplo claro de quem continua a utilizar os exemplos de vídeo dos anos 80 e 90 para abordar questões atuais. Não me refiro a longas metragens, que até podem ser muito úteis em determinados contextos. Insistir em vídeos sobre educação sexual, alimentação, adições e vícios, comunicação, etc.. do outro século parece-me um erro crasso, por muito bons que sejam em termos de conteúdo.

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Algumas propostas para utilizar o vídeo em sala de aula

Partindo do pressuposto que o vídeo não é utilizado das formas anteriores, então poderemos tentar criar momentos de aprendizagem se o plano de utilização for bem preparado.

Deixo-vos aqui algumas propostas/formas de utilização do vídeo em sala de aula.

Ilustração

Esta é, talvez, uma das formas mais utilizadas, o vídeo utilizado como ajuda para ilustrar o tema que está a ser trabalhado em aula, tentando (re)criar cenários (reais ou virtuais) que os alunos não conhecem.

É uma ferramenta poderosa para fazer viagens no espaço e no tempo. Pode ser uma forma de complementar e fornecer informação importante para a compreensão dos conteúdos. Dependendo do nível de ensino e dos temas, normalmente são utilizados pequenos filmes ou trechos de filmes.

Sensibilização

Uma boa forma de utilização pode ser através da escolha de um Bom Vídeo para despertar curiosidade, introduzir um novo tema ou motivar para temas difíceis.

Para aplicar esta metodologia é importante o trabalho de pesquisa do professor para que consiga o “tal vídeo”. A internet facilita esta tarefa, uma vez que as plataformas de alojamento de filmes disponibilizam milhões de hipóteses. Com uma boa seleção de palavras chave pode ser possível encontrar um vídeo que pode fazer toda a diferença.

Nestes casos, os vídeos são normalmente curtos mas muito intensos no conteúdo.  Podem não ser diretos e permitir o aguçar da curiosidade e, em alguns casos, suscitar a pesquisa autónoma sobre o assunto.

Simulação

Encontrar vídeos que exemplificam através de simulação uma realidade, pode ter um impacto muito positivo na compreensão dos conceitos.

Podem ser simulações de experiências perigosas de laboratório, que nunca poderiam ser implementadas em sala de aula, pelo perigo, tempo e recursos. Um filme também poderá simular, em segundos, o crescimento de uma planta/árvore, desde a semente até à maturidade.

Com as novas tecnologias de Realidade Virtual e Aumentada, os vídeos simuladores passam a ser imersivos e, por isso, começam a ganhar um interesse crescente. Não tenho dúvidas que estas novidades vão trazer inúmeras vantagens ao ensino.

Conteúdo

Este será o formato muito usado, escolher o filme sobre um determinado tema curricular ou extra-curricular. O conteúdo pode ser apresentado de forma direta, informando sobre um tema particular e orientando a sua interpretação.

Outra das abordagens do conteúdo nos filmes pode ser feita através da escolha de temas que poderão ter interpretações multidisciplinares e que possam suscitar a discussão, por não serem temas consensuais.

Atrevo-me a dizer que, em muitos países, já é uma realidade o “atrevimento” dos professores gravarem vídeos seus com a explicação de determinados conteúdos para que os alunos possam consultar em casa. Os seus alunos e muitos milhares pelo mundo inteiro, por serem, normalmente, vídeos partilhados. Pelas conversas que vou tendo com alguns colegas, continuo a achar que este ainda é um tema Tabu. A exposição da imagem pessoal não é muito bem vista.

Dá uma vista de olhos nesta introdução à História da Ciência:

Vídeo do Canal CrashCourse

Produção

A produção é, no meu entender, um dos formatos de utilização do vídeo que poderá proporcionar o desenvolvimento de muitas competências nos alunos, para além de poder ser uma grande ajuda para os professores.

Ambos poderão utilizar a produção para efeitos de documentação, através da recolha de vídeos que integrem conteúdos no âmbito da disciplina (experiências, debates, histórias, encenações, etc…).

Também pode ser uma produção através de montagem, ou seja, a partir de vídeos já existentes, ser possível aos alunos construírem algo mais completo ou mais resumido, de acordo com os objetivos. Neste caso, para além das competências para a planificação, produção e edição de vídeo, podem ser abordadas as questões relativas aos direitos de autor.

Por último e mais interessante, também podem ser criados vídeos de expressão, onde os alunos poderão explorar a criatividade para produzir com originalidade, podendo exercitar também as competências de trabalho em equipa, colaborativo.

Neste ponto é importante relembrar que o equipamento para a captura de vídeo não é um obstáculo. (Quase) Todos os alunos têm uma excelente câmara de filmar no bolso. Os smartphones, na sua maioria, até permitem a edição do filme, e com uma qualidade bastante aceitável.

A importância da Planificação!

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Estas (e outras) sugestões que só poderão surtir efeito se forem bem pensadas e planificadas. A análise do que foi visto/produzido num vídeo é muito importante para aprofundar conhecimento e esclarecer dúvidas.

Parar o filme num momento estratégico para que se possa falar do assunto pode ser uma boa estratégia, ou então para sugerir que os alunos possam tentar encontrar um fim ideal para aquele filme (oralmente ou escrito).

Os alunos também poderão fazer uma análise e discussão da linguagem utilizada e do conteúdo apresentado.

Enfim, há uma infinidade de soluções que cada professor, com criatividade poderá explorar e testar.

Em nenhum destes (e outros) casos existem certezas de sucesso seguro, tudo dependerá da forma como essa informação for recebida pelos alunos. Nuns casos será excelente e noutros uma desilusão. É esta a nossa triste sina!

Como disse anteriormente, a Internet é um excelente aliado do professor no que toca à escolha e seleção dos vídeos, e para investigar bons exemplos da sua utilização em sala de aula (ou fora dela).

Na Internet também poderão encontrar diversas ferramentas que podem ajudar-nos na preparação e implementação de estratégias com utilização do vídeo.

Num dos próximos artigos apresentarei algumas ideias muito interessantes.

Fica atento! E bons filmes!

Créditos da imagem de destaque:

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Apresentações numa Linha do Tempo https://www.educatech.pt/apresentacoes-numa-linha-do-tempo/ https://www.educatech.pt/apresentacoes-numa-linha-do-tempo/#respond Mon, 26 Oct 2020 16:14:04 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2151 A linha do tempo (timeline) é, basicamente, uma barra que apresenta uma cronologia temporal associada a determinado(s) evento(s). Os eventos são identificados através de legenda e situados num determinado ponto no tempo.

Certamente já vimos, utilizámos ou analisámos uma linha do tempo, no entanto, é provável que muitos de nós ainda não tenhamos parado para pensar na forma de a aplicar na nossa área disciplinar.

As linhas do tempo são muito usadas no estudo da História, uma vez que a associação temporal está normalmente presente. Neste ponto de vista, conseguimos perceber que a timeline pode ser uma ferramenta preciosa sempre que queremos analisar uma evolução histórica, independentemente da área disciplinar que leccionamos.

Por exemplo, no caso da Informática, é fácil rentabilizar uma timeline quando queremos abordar a história/evolução do computador ou da Internet.

A perspetiva visual que nos é dada pela linha do tempo ajuda na compreensão dos eventos, a situá-los no tempo relativo e a estabelecer algumas relações entre os eventos ou na sua ligação com a época a que corresponde. Eis alguns exemplos:

HistoriaMundo

História do Mundo

História dos Filmes de Terror

Evolução do telefone

Descobrimentos Portugueses

As linhas do tempo podem ser criadas de forma tradicional/analógica ou em formato digital. Tal como em outras circunstâncias, no meu ponto de vista e neste exemplo, as potencialidades do formato digital podem ser muito superiores ao analógico pelo facto de se poderem associar à apresentação vários formatos de informação para melhor ilustrar o conceito, de uma forma muito simples.

De qualquer forma a essência da Timeline pode ser conseguida em ambos os formatos.

Aqui, trataremos mais da versão digital das Linhas do tempo.

Apesar de existir uma ligação muito direta com a história e a necessidade de associar a uma evolução temporal na apresentação, o conteúdo e o objetivo da uma timeline podem ser muito diversos:

  • Contar uma História (StoryTelling)
  • Apresentar o Regulamento de um Concurso
  • Contar a História Pessoal
  • Estruturar um vídeo/filme
  • Apresentar a evolução história de um objeto
  • Apresentar a Biografia de um escritor
  • Realizar a apresentação de um tema
  • Apresentar o Cronograma de um trabalho/projeto

Com criatividade, poderemos sempre encontrar muitos outros temas/formatos que podem ser adaptados a quaisquer áreas disciplinares.

Como criar Criar uma Timeline?

Para criar as Timelines existem online diversas ferramentas. Trago uma lista com 4 dessas ferramentas que, sendo gratuitas, permitem criar produtos com grande qualidade de forma relativamente simples:

Timetoast
TimeToast – Grátis
TImelineJs
Timeline JS – Grátis
rEMEMBLE
Rememble – Grátis
Tikitoki
Tiki-Toki – Permite 1 Timeline Grátis

Um Exemplo Prático

Para ilustrar um pouco melhor uma das ferramentas escolhidas, a Timeline JS, da Knight Lab, criei um pequeno tutorial em vídeo que mostra a forma como é possível criar uma timeline a partir de uma folha de cálculo da Google.

Partindo do Tema dos Descobrimentos Portugueses, o exemplo que vos trago incorpora apenas 3 eventos, nos quais mostro como podem integrar Textos, Imagens, Vídeos, Background, Mapas e Links.

O Vídeo mostra a criação da seguinte timeline:

Espero que os exemplos apresentados sejam suficientes para que tentes realizar uma atividade com recurso a estas ferramentas.

Se achaste interessante, partilha este artigo com algum colega que possa rentabilizar este exemplo.

Bom trabalho!

Créditos da Imagem de Destaque

Gerd Altmann por Pixabay

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15 Ideias Criativas para Usar Códigos QR na Sala de Aula https://www.educatech.pt/15-ideias-para-utilizar-codigos-qr-em-sala-da-aula/ https://www.educatech.pt/15-ideias-para-utilizar-codigos-qr-em-sala-da-aula/#respond Tue, 07 Apr 2020 16:32:03 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2387 No seguimento de um artigo anterior, alguns colegas mostraram interesse na ideia de ligar códigos QR a formulários Google e pediram-me mais sugestões de aplicabilidade desta tecnologia.

Os códigos QR apresentam uma enorme facilidade de interatividade de conteúdos. É importante entender que uma simples leitura de um código pode transportar-nos de imediato para algum tipo de conteúdo (página, vídeo, texto, apresentação, etc…). Muito simples e, sem dúvida, uma forma simples de tentar ter uma sala de aula mais ativa e interativa.

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Fonte: www.piqsels.com – License to use Creative Commons Zero – CC0

De forma a contextualizar, é muito provável que já tenhas visto ou usado códigos QR. Estes códigos, muito usados pelas empresas como ferramenta de marketing, funcionam como atalhos para algo, através da leitura da digitalização de um código a partir de um smartphone/iphone ou tablet/ipad.

Apesar de estes códigos terem esse espaço no mundo dos negócios, a sua presença na educação pode ser uma mais valia. Pode ser uma forma de envolver alunos com mais dificuldades, realizar diferenciação pedagógica, atividades complementares e autónomas e adicionar tecnologia à sala de aula. Para além desta ligação ser muito simples de criar, os geradores de códigos QR são gratuitos.

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Para concretizar o pedido desses colegas, partilho convosco potenciais ideias para utilizar os códigos QR na escola. Para além de ser uma partilha aqui no blogue e nas redes sociais, vai ser também uma base para experimentações. Há aqui algumas ideias que nunca testei, resultam da tarefa de investigação, mas que, por serem tão interessantes, irei utilizar ou ajudar colegas a experimentar.

Eis a lista de sugestões:

1 – Partilha de Recursos com os alunos

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Esta é uma forma simples para partilhar um ficheiro ou uma pasta (armazenados na nuvem) com materiais de interesse com os alunos (ou colegas de trabalho).

Por exemplo, se pretendes partilhar um conjunto de materiais selecionados e importantes para consolidar/aprofundar conhecimentos num determinado assunto, então, deves criar e partilhar Documentos de Texto ou Apresentações (Google, Microsoft ou outra) com toda a informação. Obtém o link de partilha deste(s) documento(s) e cria o(s) código(s) QR. Pode ser um código para cada documento, ou um código para a pasta que aloja esses documentos.

2 – Partilha de Recursos com os Pais e EE

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Se és diretor de turma, professor titular de turma, ou apenas professor numa turma, então a partilha de recursos com os Pais e EE pode ser simplificado com um código QR enviado através da caderneta do aluno, no dossier/caderno ou partilhado numa reunião.

Pode ser um guião com informações para os pais, uma apresentação com informações de interesse, lista de materiais necessários, um vídeo para que os pais vejam com os filhos, convite para alguma ação, etc… A imaginação não tem limites nesta área!

3 – Espaço online com Exposição de trabalhos de alunos

Num blogue, website, SparkPage ou num vídeo poderás partilhar os trabalhos realizados pelos alunos das tuas turmas. Depois podes ligar este espaço a um código QR e partilhar com todos os alunos, com os professores da turma e até com os Pais e Familiares. Este espaço pode até contemplar uma hetero-avaliação desses trabalhos.

Esta é uma ótima estratégia para partilhar criações digitais e para dar visibilidade pública aos trabalhos dos alunos.

4 – Partilhar um Código QR com ligação a um formulário Google

Em jeito de repetição, não me parecia bem não colocar esta sugestão na lista! Podem ler este artigo com mais detalhes – Formulários Google e Códigos QR.

5 – Criar uma Caça ao Tesouro

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Uma das formas para criar uma caça ao tesouro com códigos QR é na mistura dos códigos com um formulário de recolha de respostas. Na sala, num pavilhão, em toda a escola ou na localidade onde vivem os alunos, podes espalhar as pistas através de códigos QR associados a perguntas do formulário. No final, poderás partilhar a lista com os resultados num Código QR com os alunos. Com criatividade poderás criar um jogo de aprendizagem, uma aula diferente, com trabalho de equipas.

6 – Oferecer atividades extra para os alunos mais rápidos

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Existem na Internet imensas plataformas para criar jogos educativos online (ver artigo Educaplay – Criar Jogos Educativos De Uma Forma Fácil, um exemplo). Podemos criar um jogo de revisão de assuntos/matérias, aprofundamento de conteúdos, memória, palavras cruzadas, etc, que podem ser utilizados pelos alunos que terminam as tarefas previstas mais rapidametne. Para tal, devemos ter a nossa lista de jogos preparada (num documento google, por exemplo).

Estes jogos também podem ser analógicos, com ligação ao digital através dos códigos. Criando um conjunto de cartões com as perguntas ou as pistas na frente, a resposta poderá estar num código QR que o aluno irá comparar com as respostas dadas. Pensa de forma criativa, e explora estas ferramentas.

Uma simples mensagem motivadora pode criar efeitos inimagináveis.

7 – Simplificar projetos de investigação

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Que tal disponibilizar o guião de investigação através de um código QR? Nesse guião (que deveria ser obrigatório) deves colocar todas as instruções, regras, prazos e uma seleção de recursos de qualidade que ajudem os alunos na pesquisa. O documento pode ter ligações diretas para os recursos.

8 – Adicione energia a um glossário

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Em vez do habitual glossário simples, pode criar-se um glossário em vídeo/áudio num mural da turma (Paddlet ou outro) onde se podem colocar os vídeos/sons com a definição da palavra. Esse mural poderá posteriormente ser partilhado com a turma num código QR, na sala de aula, por exemplo.  (este trabalho de áudio ou vídeo poderá ser autónomo ou apoiado pelo professor, dependendo das faixas etárias). Pode até ser um trabalho partilhado com a disciplina de TIC.

Para além do objetivo de aumentar o vocabulário sobre um tema, pode também ajudar os alunos na prática da oralidade.

9 – Booktrailers, depoimentos ou informações adicionais sobre um livro

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Este exemplo poderá melhorar os recursos da Biblioteca da escola, integrando recursos digitais aos livros.

Os alunos podem realizar booktrailers sobre um livro (associado à leitura obrigatória ou leitura autónoma) ou gravar um depoimento onde façam um resumo do livro (sem Spoiler). Estes vídeos, alojados online, podem ser ligados a códigos QR que, depois de imprimidos, poderão ser colados no livro da Biblioteca. Os alunos que o requisitem (por vezes com orientação dos professores) poderão visualizar esta informação no seu smartphone. Claro que também poderá ser associada uma ficha de leitura ou informação extra que enriqueça ou ajude a compreender melhor o conteúdo do livro (apoio para os pais, indicações para os alunos, visita virtual, biografia do autor, jogo, etc…).

Este é outro dos exemplos que vou testar certamente, depois dar-vos-ei feedback.

10 – Divulgar eventos ou projetos escolares

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Se na tua escola existem projetos que precisam de ser divulgados para chegar a mais pessoas (Clínica de Educação Sexual, Palestra com um profissional, Encontro com um escritor, Clube de Robótica, Jornal da Escola, …) então o código QR pode ser uma boa forma de anunciar e/ou promover esse evento/projeto, especialmente se for feito de forma criativa. .

11 – Inscrições em provas/concursos na escola

Por vezes a inscrição numa prova, evento ou concurso é um processo burocrático e que envolve a necessidade de utilizar papel. Um código QR num local frequentado ou fornecido pelos professores simplifica este processo através de formulários que podem ser preechidos no telemóvel.

12 – Disponibilizar links para o site da escola ou jornal online

Se o site ou o jornal online da escola/agrupamento não é muito frequentado pelos alunos (que muitas vezes nem sabem o endereço), então poderão ser feitas campanhas de marketing estratégico que combinem as técnicas publicitárias com os códigos QR. Arrisca!

13 – Vídeo / Recurso do Dia

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Seja na Biblioteca, num Clube/Oficina ou mesmo numa disciplina, a utilização em rotina destes conteúdos poderá estimular e envolver os alunos. Especialmente se disponibilizarmos recursos de qualidade (conteúdo e visual), com atualidade e adaptados à faixa etária.

Este recurso pode ser afixado no espaço da Biblioteca, na sala do Clube/Oficina ou na sala de aula, ou numa plataforma online. Pode também ser distribuído por cada aluno. Escolhe e testa cada opção!

14 – Criar um tour virtual pela escola

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Um excelente desafio!

Pode criar-se um tour de toda a escola, no qual, de forma interativa, os utilizadores fazem uma visita de reconhecimento dos espaços, ou um tour parcial, espalhando códigos QR em cada espaço com o acesso a cada parte da visita virtuai.

Em associação a esta visita, podem ser disponibilizadas algumas das regras de utilização do espaço, procedimentos, penalizações, entre outros, sempre úteis para quem é novo numa escola (alunos e professores).

Podem ser integrados no tour: fotos, vídeos, documentos, formulários, slideshows, etc…

Uma boa ferramenta para criar estes tours é o Google Tour Creator.

15 – Link para um Mapa

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Associar um Mapa (Google ou outro) a um código QR pode ter utilidade em inúmeras situações. De alguma forma, creio que é possível encontrar algum tipo de mapa com interesse em (quase) todas as disciplinas. Este exempo torna possível e simples o transporte deste mapa para o smartphone/iphone do aluno, que o poderá explorar de forma autónoma e interativa.

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Fonte: www.piqsels.com – License to use Creative Commons Zero – CC0

Agora, com base nesta lista, podemos tentar utilizar alguma(s) destas ideias, avaliar o resultado e melhorar numa segunda aplicação.

Se tens outras ideias para a utilização dos códigos QR, então partilha aqui ou em qualquer espaço Educatech.

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Imagem de Wilfried Pohnke por Pixabay

Bom trabalho!

Créditos da imagem de destaque

Photo by Anastasiya Gepp from Pexels

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Boclips – Milhares de vídeos educativos, sem anúncios https://www.educatech.pt/boclips-milhoes-de-videos-educativos-sem-anuncios/ https://www.educatech.pt/boclips-milhoes-de-videos-educativos-sem-anuncios/#respond Tue, 10 Mar 2020 23:49:09 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2472 Este artigo destina-se, principalmente, aos professores que utilizam o vídeo como recurso habitual nas suas aulas.

Sabemos que existem inúmeras plataformas que disponibilizam vídeos com fins educativos, algumas delas com muita qualidade nos seus conteúdos, outras nem por isso.

Como no nosso trabalho o tempo é um bem precioso, todos os conteúdos, apresentados com filtragem através de uma seleção através de critérios de qualidade, resultado de curadoria de conteúdo feita por profissionais da área da educação, são sempre bem vindos.

Nesta tarefa de investigação (quase) constante, recentemente conheci uma ferramenta que me pareceu muito interessante – O Boclips.

Esta plataforma disponibiliza mais de 2 milhões de vídeos educativos selecionados e categorizados em várias áreas do conhecimento. Os vídeos caracterizam-se pela qualidade do conteúdo e da produção, vídeos criados por produtores referenciados. (por exemplo: TED-Ed e Crash Course).

Na versão para professores, testável gratuitamente com todas as suas potencialidades durante 10 dias, a pesquisa dos vídeos pode ser feita por palavra chave na base geral ou por categoria. Os vídeos favoritos podem ser adicionados à uma biblioteca criada pelo utilizador e associada à sua conta.

Por não utilizar o leitor de Youtube, o Boclips é utilizável em todas as escolas, mesmo as que bloqueiam o acesso a vídeo através desta plataforma.

Neste momento o Boclips já apresenta compatibilidade de partilha direta com a Google Classroom.

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Estas bibliotecas temáticas poderão, posteriormente ser partilhadas com os alunos e acompanhadas de atividades de opinião, investigação, consolidação ou aprofundamento de conhecimentos ou de reflexão.

Vale a pena testar e, se achares interessante, podes considerar a proposta que te apresentarem para uma utilização individual ou ao nível da escola.

No portal não existem informações sobre preços para professores, estes deverão ser solicitados através de um formulário de contacto. Um espaço a ter em conta, pelo menos durante o período gratuito de utilização.

Boas experiências.

Partilha este recurso com professores que utilizam vídeos na sala de aula!

Créditos da imagem de destaque

Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

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Está na hora de digitalizar as avaliações! https://www.educatech.pt/digitalizar-avaliacoes/ https://www.educatech.pt/digitalizar-avaliacoes/#respond Wed, 23 Oct 2019 22:24:48 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2127 “Ano novo”, mas dilemas muito semelhantes. Diariamente, nas escolas, conseguimos perceber que a sobrecarga de funções, tarefas e burocracias é crescente, o que, associado ao cansado, à idade média cada vez mais avançada e à diminuição progressiva do número de professores, é algo que se nota cada vez mais alarmante.

Por esse motivo, é urgente conseguir rentabilizar o tempo e utilizar as tecnologias em nosso benefício, tentando poupar o máximo possível com as tarefas que podem ser automatizadas.

Neste primeiro artigo de 2019/20, trago um conjunto de ferramentas bastante úteis para a implementação, recolha e análise de resultados de questionários, votações e/ou testes.

Praticamente todas as opções que apresento têm versões grátis e/ou premium, que nos simplificam a vida na hora de recolher dados.

Com um código e um telemóvel, os alunos passam a ter acesso às questões que lhes colocamos, respondem de forma simples e podemos obter os dados estatísticos com poucas preocupações.

As ferramentas existentes podem ser agrupadas em 2 categorias: Ferramentas para Educação e Ferramentas para utilização geral (mas também em educação).

A seleção que faço é extensa, o não significa que tenhas de conhecer e utilizar todas. Basta que consigas utilizar uma destas ferramentas de forma efetiva para comprovares as potencialidades e a utilidade que elas nos oferecem. Depois, com o tempo e com as necessidades que possam surgir, terás oportunidade de explorar outras ferramentas.

As diferenças principais entre elas estão na diversidade do tipo de questões, nas potencialidades de incorporar elementos, no formato dos resultados, nas plataformas onde podem ser utilizadas, entre outros aspetos.

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Cabe a cada um de nós investigar, analisar, experimentar e escolher. Dizer que a ferramenta A é a melhor, ou que é melhor que a ferramenta B, é muito relativo. Dependerá bastante da aplicabilidade que lhe queremos dar.

Partilho convoco algumas opções para que, tranquilamente, possas escolher a(s) ferramenta(s) de eleição.

Educação

1 – Formulários Google

2 –Plickers

3 – Kahoot

4 – Socrative

5 – GoSoapBox

6 – Quizalize

7 – Formative

Utilização Geral

1 – Polls Everywhere

2 – Zoho Survey

3 – Survey Monkey

4 – TypeForm

5 – SurveyNuts

6 – SurveyPlanet

7 – FreeSurveyonline

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O funcionamento e configuração é muito semelhante em todas as aplicações, permitindo atribuir classificações às perguntas, especialmente nas que estão mais vocacionadas para a educação. No final, podemos trabalhar as classificações na aplicação ou utilizá-las numa folha de cálculo.

A avaliação formativa e sumativa pode ser, em muitos casos, simplificada desta forma.

Pode também ser um bom complemento avaliativo após uma visita de estudo, atividade, projeto ou mesmo como suporte para um pequeno trabalho de casa.

Vale a pena experimentar.

Créditos da Imagem de Destaque

Gerd Altmann por Pixabay

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4 Formas para usar o Kahoot! em sala de aula https://www.educatech.pt/4-formas-de-usar-o-kahoot-em-sala-de-aula/ https://www.educatech.pt/4-formas-de-usar-o-kahoot-em-sala-de-aula/#respond Thu, 07 Mar 2019 22:30:27 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=718

A avaliação formativa é fundamental para monitorizar a compreensão dos conteúdos e a eficácia das nossas práticas. Esta é uma forma podemos verificar o que está a funcionar bem, mal ou assim-assim. E tentar reformular as nossas práticas de forma contextualizada. Esta monitorização pode ser simplificada e, de certa forma, automatizada, utilizando as ferramentas digitais como suporte a esta tarefa.

São muitas as ferramentas existentes que permitem criar sistemas de monitorização da avaliação formativa dos alunos. Já dei exemplos aqui no blogue e irei abordar com mais detalhe alguns deles. No entanto, em primeiro lugar, é importante que cada professor possa definir a sua própria estratégia. Mais do que nunca, o mundo online, tal como está concebido, não define caminhos únicos nem totalmente corretos. Este facto é excelente porque, desta forma, podemos adaptar os processos às nossas preferências e competências.

Na tentativa de utilização das tecnologias, posso elencar alguns dos maiores erros:

  1. ignorar que as ferramentas existem;
  2. demonstrar a sua disfunção sem sequer experimentar;
  3. assumir que não são úteis;
  4. afirmar que os alunos nunca irão utilizar as tecnologias de forma correta
  5. e mais uma catrefada de motivos bastante convincentes…

No meu ponto de vista (e não só), é muito importante mudar práticas, aprender a utilizar novas ferramentas que nos simplifiquem a vida e entender como podemos chegar a um novo tipo de alunos. Para isso é necessária muita investigação, leitura, testes, reformulações até conseguirmos algo que nos deixe contentes.

Desviar a atenção? Como assim?

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Foto criada por freepik – br.freepik.com (alterada)

Um dos principais desafios, no meu entender, é conseguir desviar a atenção dos alunos no smartphone. Digo no smarthone porque, por muito que queiramos, mesmo que “ele” não esteja visível, é lá que está a atenção de uma grande parte dos alunos (e de muitos adultos).

Então a “luta” pode estar em “como rentabilizá-lo” em prol da aprendizagem?

Independentemente das nossas crenças e convicções, convido-vos a pesquisar um pouco sobre o tema Mobile Learning. É muito interessante perceber de que forma se poderá tirar vantagem para a evolução, dedicação e empenho dos alunos através da utilização do equipamento mais conflituoso nas escolas.

Voltando ao essencial, como desviar a atenção no smartphone?

Ocupando-o com algo que nós achamos mais conveniente. Devemos e podemos levar conteúdos até ao pequeno ecrã dos nossos alunos.

O importante é perceber de que forma e em que formato é que o conteúdo lá chega. É aqui que o trabalho de criatividade é fundamental.

Mas criatividade aplicada aos contextos atuais, evitando apenas transpor as ideias anteriores com recurso às tecnologias.

É importante entender as ferramentas, ver exemplos já testados de aplicabilidade, criar conteúdos em colaboração e depois: Testar, Avaliar e Reajustar.

Voltando ao tema deste artigo… Kahoot!

Num dos primeiros artigos deste blogue (ver aqui) fiz referência a esta ferramenta. O Kahoot! permite criar atividades de sala de aula num ecrã partilhado (entre outras). Isto é, o professor partilha a atividade no seu computador, tablet/ipad ou smartphone/iphone (com ou sem projeção) e os alunos, com os seus equipamentos, juntam-se à atividade.

Para além deste tipo de tarefa ocupar a utilização e retirar a atenção de outras funcionalidades do smartphone (isso é estimulado especialmente pelos tempos limitados de resposta, exige foco), funciona perfeitamente como uma ferramenta de avaliação formativa. Também permite criar momentos de debate e discussão, por exemplo, quando existem discrepâncias enormes nas respostas. Esta funcionalidade ainda se torna mais interessante quando as perguntas não têm resposta certa, qualquer uma poderá ser a correta, depende da forma como é interpretada ou da opinião de cada aluno.

O impacto de uma palavra: JOGO!

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Background photo created by rawpixel.com – www.freepik.com

Em várias situações, quando se abordam as questões ligadas às ferramentas digitais que têm potencialidades de gamificação (como é o exemplo do
Kahoot!), alguns colegas, pelas suas convicções, consideram imediatamente que jogo é sinónimo de diversão, de facilitismo (experimentem jogar um bom jogo de estratégia para ver a facilidade).

A partir desse momento há um bloqueio no conceito e muito dificilmente conseguirá implementar uma estratégia diferenciada com este género de ferramenta.

Importa referir que a gamificação é apenas uma metodologia, uma estratégia de envolvimento dos alunos nos conteúdos de uma determinada disciplina (ou em várias), mas não significa necessariamente que tudo passe a ser um jogo. Pode haver momentos em que sim, e outros em que não. Existem exemplos muito interessantes de aplicabilidade nesta área. Vale a pena investigar um pouco.

Em relação ao Kahoot!, sim, pode ser utilizado como estratégia de gamificação, mas não só. Os alunos não estão obrigatoriamente a participar num jogo, onde as perguntas de resposta múltipla são uma a única opção. O Kahoot! permite criar um ambiente interativo na sala de aula, à volta dos conteúdos das disciplinas (ou não).

Partindo das várias funcionalidades do Kahoot! , com criatividade e trabalho colaborativo entre colegas da mesma área (ou áreas distintas), é possível criar vários tipos de atividades com a mesma ferramenta.

Deixo-vos, como prometido na Headline, 4 formas para usá-lo em sala de aula:

Testar conhecimentos de um conteúdo da aula.

O formato de teste mais habitual. Depois de apresentados e trabalhados os conteúdos numa aula (ou conjunto de aulas), pode utilizar-se um Kahoot para monitorizar os conhecimentos dos alunos. Se esta metodologia passar a ser consistente e valorizada na avaliação dos alunos, é bem provável que exista empenho e interesse nas repostas (aqui é explorada a competitividade), potencializando, em muitos casos, uma maior concentração na fase anterior.

Uma das melhores sugestões para este tipo de aplicação é tentar definir uma estratégia vertical que permita a criação de rotinas nos alunos ao longo dos ciclos. Certamente, quando chegarem ao Secundário, a complexidade neste tipo de exercícios, e também nas ferramentas, pode ser muito rentabilizada pelos professores com os seus alunos.

Revisão de vocabulário

No final de uma aula, ou num ponto estratégico de uma unidade curricular, o Kahoot! pode ser uma ferramenta útil para fazer uma revisão dos termos de vocabulário dos alunos. Pode ser um exercício complementar à criação de um glossário da disciplina.

O grau de dificuldade ser criado de acordo com o estágio do aluno. Sempre com uma perspetiva formativa. Como os resultados são imediatos, em cada termo é possível fazer um reforço, sempre que necessário. Os termos podem ser associados também a imagens.

Pesquisas de temas de Interesse dos alunos.

Sempre que é necessário definir temas há momentos de discussão de ideias. O Kahoot! pode também ser utilizado para tentar monitorizar quais os principais interessentes dos alunos na área temática a trabalhar, através de alguma pré-seleção feita pelo professor. As votações poderão ser feitas através de divisão de temas, subtemas ou áreas mais específicas.

Quando existe liberdade de flexibilização do currículo, é possível encontrar temas que possam abordar conteúdos que sejam do interesse dos alunos. Com alguma criatividade, é possível com o levantamento das preferências dos alunos, de modo a funcionar como orientador na planificação posterior.

Construir conhecimento com base em imagens

Utilizando a criatividade e explorando a leitura das imagens, é possível criar um Kahoot! em que a pergunta é apenas uma foto que conduz a uma das respostas com base na interpretação do aluno. Analisar, discutir e aprofundar conceitos nas mais diversas áreas com este tipo de tarefa é um desafio muito interessante e que pode promover discussões muito produtivas.

Podem ser trabalhados os conteúdos específicos de uma área disciplinar, ou então temas transversais da Cidadania, Sexualidade, Religião, Valores, Violência, Direitos de Autor, entre muitos outros.

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School photo created by freepik – www.freepik.com

Estes são apenas 4 exemplos de uma infinidade de ideias potenciais de aplicação, que estão ao alcance de cada um de nós. Para qualquer um dos casos que apresentei, é possível procurar exemplos na comunidade Kahoot!. Independentemente da área do conhecimento, é muito provável que consigas encontrar algum exemplo que poderás utilizar como base para a criação do teu próprio Kahoot!.

Já agora, se já utilizaste o Kahoot! em situações diferentes, da tua forma favorita e com resultados, deixa um comentário aqui no blogue, no Twitter ou numa das Redes Sociais: Facebook, LinkedIn ou Google+. Se as ideias começarem a chegar prometo fazer um artigo com a compilação.

Estrutura do comentário:

  • Título da tarefa Kahoot!
  • Aplicação na sala de aula (forma, avaliação, como correu?)
  • Autor(a)

Boas experiências… e investigações!

Créditos da Imagem de Destaque: www.kahoot.com

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