Literacia dos Media – EducaTech.pt https://www.educatech.pt Literacia Digital para Professores Tue, 11 May 2021 10:48:37 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://i0.wp.com/www.educatech.pt/wp-content/uploads/2018/11/cropped-Ico.png?fit=32%2C32&ssl=1 Literacia dos Media – EducaTech.pt https://www.educatech.pt 32 32 157763028 Como utilizas o vídeo em sala de aula? https://www.educatech.pt/como-utilizas-o-video-em-sala-de-aula/ https://www.educatech.pt/como-utilizas-o-video-em-sala-de-aula/#respond Tue, 11 May 2021 10:01:00 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=712 Como é óbvio, a utilização do vídeo em sala de aula não é nenhuma novidade de última hora, já se faz há muitas décadas. As grandes diferenças podem estar relacionadas com: a quantidade e a facilidade no acesso; a velocidade para a obtenção do vídeo; a diversidade dos temas abordados nos vídeos; a qualidade do vídeo e possibilidade de interatividade com os filmes.

São razões mais do que suficientes para perceber que existem grandes disparidades na comparação da atualidade com tempos mais longínquos.

O vídeo pode ser uma ferramenta didática muito interessante tanto na dinâmica de uma aula, como na construção do conhecimento. Pode ser muito atrativo para os alunos, ser manuseado facilmente para se atingir objetivos específicos, proporcionando a conjugação da visão e da audição, podendo tocar os sentidos e os sentimentos mais facilmente e envolvendo os alunos de uma forma mais intensa (Janete Borges Silva).

Nesta abordagem que trago sobre a utilização do vídeo em sala de aula, posso começar por dizer que esta não é a solução milagrosa que resolve todos os problemas de concentração, atenção ou interesse. Mesmo sendo aplicada em alunos que pertencem à geração que “consome” mais horas de vídeo.

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Numa abordagem simplista, seria fácil dizer-se que o vídeo é, por si só, motivador do envolvimento dos alunos. Mas, no terreno, sabemos que não é bem assim.

O vídeo…

Para a maioria de nós (os mais maduros), o vídeo, em termo de horas de visualização, está associado à televisão. Também ao cinema, mas maioritariamente à TV.

No caso dos nativos digitais, o vídeo está muito mais associado à Internet, principalmente ao Youtube. A interatividade e a liberdade de escolha em nada se assemelham ao formato com o qual crescemos.

A televisão também está diferente, porque, para além de podermos escolher os programas, filmes, documentários que gostamos, podemos interagir com o decurso de uma história e até emergir num filme através da realidade virtual.

Para além destas diferenças no formato, os jovens têm uma associação, quase umbilical, do vídeo com o lazer, diversão, o descanso, quase nunca com escola, ou trabalho.

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Ora, já se está a ver que a predisposição para assistirem a um vídeo em sala de aula, nem sempre é a melhor. Nem sequer têm headphones e não podem estar a trocar mensagens em simultâneo, nem tão pouco a comentar, ou discutir, nos comentários! Bahh!

Por estes motivos, quando pensamos em introduzir o vídeo em contexto curricular, devemos fazê-lo de forma muito bem pensada, para que não seja um esforço inglório.

Como não deves utilizar o vídeo em sala de aula!!!

Para começar, no meu ponto de vista, há algumas formas inadequadas de utilização que devemos evitar ao máximo:

Vídeo para “encher chouriços”

Apesar de poder ser uma prática quando o professor já terminou o programa, num final de período quando a auto-avaliação já está feita, ou até mesmo num dia em que, por indisposição, nos esteja a ser difícil orientar uma aula, deve ser eventual e nunca recorrente, porque se a frequência for grande há um grande risco de desvalorização do vídeo e ficará associado a “não ter aula”.

Vídeo “disfarçado”

A exibição de filmes descontextualizados, cujo conteúdo não está relacionado com a disciplina, pode ser um alívio para os alunos num determinado momento mas, se for recorrente, pode induzir uma “camuflagem” da aula. Existem casos frequentes como a colaboração nos projetos de Educação para a Saúde ou Sexual, ou outro, onde o visionamento de um filme pode ser uma boa opção, devidamente contextualizada.

Maratona de Vídeos

Por vezes, o vídeo gera bons resultados com algumas turmas. Finalmente se conseguiu a concentração e atenção de um grupo de jovens! O professor fica entusiasmado e aposta forte nesta estratégia. E começa a maratona! Atenção! Como em qualquer caso, o excesso pode ser imprudente. A combinação de estratégias e dinâmicas de aula é, e sempre foi, a melhor alternativa para se conseguir criar bons ritmos de aprendizagem. Naturalmente que o uso exagerado do vídeo (computador, internet, projetos, desafios, aulas expositivas, etc…) diminui a sua eficácia e pode ter efeitos contraproducentes.

O Vídeo perfeito

Sim, também nesta área existem os perfeccionistas. Certamente já se cruzaram com o professor “crítico” fanático da qualidade dos filmes, tanto ao nível das informações de conteúdo como da estética.

Em vez de procurar a perfeição pode ser mais interessante analisar e discutir com os supostos erros, naturalmente com adaptações em relação à idade dos respetivos alunos.

Vídeo solitários

Esta categoria pode casar com as duas primeiras. O professor lembrou-se de passar um vídeo. Nessa aula e nas próximas a abordagem é apenas “Vamos ver este filme”. Este caso deve ser o mais raro, creio. Por isso é importante evitá-lo ao máximo.

Os Vídeos da Avozinha

Estive quase a não incluir esta categoria, mas não resisti. É o exemplo claro de quem continua a utilizar os exemplos de vídeo dos anos 80 e 90 para abordar questões atuais. Não me refiro a longas metragens, que até podem ser muito úteis em determinados contextos. Insistir em vídeos sobre educação sexual, alimentação, adições e vícios, comunicação, etc.. do outro século parece-me um erro crasso, por muito bons que sejam em termos de conteúdo.

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Algumas propostas para utilizar o vídeo em sala de aula

Partindo do pressuposto que o vídeo não é utilizado das formas anteriores, então poderemos tentar criar momentos de aprendizagem se o plano de utilização for bem preparado.

Deixo-vos aqui algumas propostas/formas de utilização do vídeo em sala de aula.

Ilustração

Esta é, talvez, uma das formas mais utilizadas, o vídeo utilizado como ajuda para ilustrar o tema que está a ser trabalhado em aula, tentando (re)criar cenários (reais ou virtuais) que os alunos não conhecem.

É uma ferramenta poderosa para fazer viagens no espaço e no tempo. Pode ser uma forma de complementar e fornecer informação importante para a compreensão dos conteúdos. Dependendo do nível de ensino e dos temas, normalmente são utilizados pequenos filmes ou trechos de filmes.

Sensibilização

Uma boa forma de utilização pode ser através da escolha de um Bom Vídeo para despertar curiosidade, introduzir um novo tema ou motivar para temas difíceis.

Para aplicar esta metodologia é importante o trabalho de pesquisa do professor para que consiga o “tal vídeo”. A internet facilita esta tarefa, uma vez que as plataformas de alojamento de filmes disponibilizam milhões de hipóteses. Com uma boa seleção de palavras chave pode ser possível encontrar um vídeo que pode fazer toda a diferença.

Nestes casos, os vídeos são normalmente curtos mas muito intensos no conteúdo.  Podem não ser diretos e permitir o aguçar da curiosidade e, em alguns casos, suscitar a pesquisa autónoma sobre o assunto.

Simulação

Encontrar vídeos que exemplificam através de simulação uma realidade, pode ter um impacto muito positivo na compreensão dos conceitos.

Podem ser simulações de experiências perigosas de laboratório, que nunca poderiam ser implementadas em sala de aula, pelo perigo, tempo e recursos. Um filme também poderá simular, em segundos, o crescimento de uma planta/árvore, desde a semente até à maturidade.

Com as novas tecnologias de Realidade Virtual e Aumentada, os vídeos simuladores passam a ser imersivos e, por isso, começam a ganhar um interesse crescente. Não tenho dúvidas que estas novidades vão trazer inúmeras vantagens ao ensino.

Conteúdo

Este será o formato muito usado, escolher o filme sobre um determinado tema curricular ou extra-curricular. O conteúdo pode ser apresentado de forma direta, informando sobre um tema particular e orientando a sua interpretação.

Outra das abordagens do conteúdo nos filmes pode ser feita através da escolha de temas que poderão ter interpretações multidisciplinares e que possam suscitar a discussão, por não serem temas consensuais.

Atrevo-me a dizer que, em muitos países, já é uma realidade o “atrevimento” dos professores gravarem vídeos seus com a explicação de determinados conteúdos para que os alunos possam consultar em casa. Os seus alunos e muitos milhares pelo mundo inteiro, por serem, normalmente, vídeos partilhados. Pelas conversas que vou tendo com alguns colegas, continuo a achar que este ainda é um tema Tabu. A exposição da imagem pessoal não é muito bem vista.

Dá uma vista de olhos nesta introdução à História da Ciência:

Vídeo do Canal CrashCourse

Produção

A produção é, no meu entender, um dos formatos de utilização do vídeo que poderá proporcionar o desenvolvimento de muitas competências nos alunos, para além de poder ser uma grande ajuda para os professores.

Ambos poderão utilizar a produção para efeitos de documentação, através da recolha de vídeos que integrem conteúdos no âmbito da disciplina (experiências, debates, histórias, encenações, etc…).

Também pode ser uma produção através de montagem, ou seja, a partir de vídeos já existentes, ser possível aos alunos construírem algo mais completo ou mais resumido, de acordo com os objetivos. Neste caso, para além das competências para a planificação, produção e edição de vídeo, podem ser abordadas as questões relativas aos direitos de autor.

Por último e mais interessante, também podem ser criados vídeos de expressão, onde os alunos poderão explorar a criatividade para produzir com originalidade, podendo exercitar também as competências de trabalho em equipa, colaborativo.

Neste ponto é importante relembrar que o equipamento para a captura de vídeo não é um obstáculo. (Quase) Todos os alunos têm uma excelente câmara de filmar no bolso. Os smartphones, na sua maioria, até permitem a edição do filme, e com uma qualidade bastante aceitável.

A importância da Planificação!

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Estas (e outras) sugestões que só poderão surtir efeito se forem bem pensadas e planificadas. A análise do que foi visto/produzido num vídeo é muito importante para aprofundar conhecimento e esclarecer dúvidas.

Parar o filme num momento estratégico para que se possa falar do assunto pode ser uma boa estratégia, ou então para sugerir que os alunos possam tentar encontrar um fim ideal para aquele filme (oralmente ou escrito).

Os alunos também poderão fazer uma análise e discussão da linguagem utilizada e do conteúdo apresentado.

Enfim, há uma infinidade de soluções que cada professor, com criatividade poderá explorar e testar.

Em nenhum destes (e outros) casos existem certezas de sucesso seguro, tudo dependerá da forma como essa informação for recebida pelos alunos. Nuns casos será excelente e noutros uma desilusão. É esta a nossa triste sina!

Como disse anteriormente, a Internet é um excelente aliado do professor no que toca à escolha e seleção dos vídeos, e para investigar bons exemplos da sua utilização em sala de aula (ou fora dela).

Na Internet também poderão encontrar diversas ferramentas que podem ajudar-nos na preparação e implementação de estratégias com utilização do vídeo.

Num dos próximos artigos apresentarei algumas ideias muito interessantes.

Fica atento! E bons filmes!

Créditos da imagem de destaque:

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Criar Vídeos Interativos com o EdPuzzle https://www.educatech.pt/criar-videos-interativos-com-o-edpuzzle/ https://www.educatech.pt/criar-videos-interativos-com-o-edpuzzle/#respond Tue, 26 May 2020 17:07:32 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2654 Até esta data, o artigo “5 Ferramentas Para Criar Vídeos Interativos” foi o mais lido no meu blogue e, a partir desse interesse, organizei e dinamizei um webinar sobre a utilização de ferramentas interativas no apoio ao trabalho do professor.

Uma das ferramentas seleccionadas foi o EdPuzzle, uma aplicação online que permite atribuir “spots” de interatividade a partir de um vídeo existente ou de um vídeo nosso que carregamos para a aplicação.

O EdPuzzle é 100% gratuito e permite a trabalhar conteúdos educativos de uma forma criativa e interativa.

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Imagem de Kevin Phillips por Pixabay

Para trabalhar com esta ferramenta é importante entender a lógica básica de funcionamento e as possibilidades que oferece para a edição dos vídeos.

1 – É possível trabalhar com vídeos existentes

O EdPuzzle disponibiliza uma seleção de vídeos educativos de Canais ou instituições reconhecidas pela qualidade (Khan Academy, Crash Course, National Geographic, etc…) e organizados por entidade ou por categorias.

Podemos escolher o vídeo desejado para editar parcial ou totalmente, sem qualquer tipo de limitação.

2 – Os nossos vídeos (ou dos alunos) podem ser trabalhados no EdPuzzle

Também podemos fazer o upload dos nossos vídeos (ou dos nossos alunos) para poder editar e atribuir interatividade. Estes vídeos podem ser filmados na escola, num monumento, numa localidade ou gravações de aulas em vídeo, com a apresentação do professor.

A criatividade na seleção dos vídeos é uma das tarefas mais importantes, que pode proporcionar aos alunos experiências diferenciadas.

3 – Adicionar Narração

Diretamente no vídeo, o professor pode adicionar a sua narração para explicar ou exemplificar as imagens que vão aparecendo no vídeo.

Também é uma boa forma de traduzir o conteúdo de um vídeo, especialmente para alunos que ainda desconhecem uma determinada língua.

4 – Adicionar notas

Em qualquer ponto do vídeo podem ser adicionadas pequenas notas em texto que complementem o conteúdo ou que convidem à reflexão.

5- Adicionar Quiz

Por exemplo, imaginando que o filme trata da apresentação de um conceito, no final dessa apresentação, em pleno vídeo, pode aparecer uma pergunta sobre o tema.

Esta ferramenta permite adicionar perguntas de resposta múltipla. Nos casos em que o vídeo é apresentado internamente na turma criada e onde estão todos os alunos, as respostas serão identificadas com o nome do utilizador.

6 – Adicionar Pergunta aberta

Para além do Quiz com questões de resposta múltipla, também podemos adicionar perguntas abertas que exigem uma resposta mais elaborada.

Esta questão, tal como os outros elementos, pode ser colocada num momento estratégico do vídeo. É importante conhecer e planificar cada vídeo de forma detalhada para que o resultado seja coerente.

Estas perguntas podem ser corrigidas e classificadas manualmente, à posteriori.

No caso de não serem utilizadas as turmas, esta pergunta pode ser usada para recolher a identificação dos alunos (ou quem está a ver o conteúdo).

7- Cortar partes do vídeo

Como em qualquer ferramenta de edição de vídeo, nesta ferramenta podemos fazer uma seleção do conteúdo que desejamos, podemos cortar partes e eliminá-las no vídeo final.

É importante quando apenas queremos trabalhar com uma parte do vídeo, ou dividi-lo em várias partes.

8 – Criar Turmas

O EdPuzzle permite criar turmas diretamente na aplicação ou associar turmas da Classroom (associadas ao email da Google). Esta funcionalidade permite identificar todos os alunos que assistem aos vídeos e as respostas dadas, que serão armazenadas numa grelha para cada turma, com as classificações dos quizzes (que poderá ser baixada para o computador em folha de cálculo).

A idenficação dos alunos é feita através de uma conta criada. Se for com associação da Google Classroom, o acesso tem de ser feito pelo email dessa sala. Se a turma for criada diretamente no EdPuzzle, os alunos podem criar conta sem ter a obrigatoriedade de associar um endereço de email.

No modo de turmas, o professor passa a ter acesso a informações detalhadas sobre a visualização de cada vídeo (em percentagem) e das respostas dadas.

9 – Partilhar

Para além do vídeo ser partilhado e publicado nas turmas, para quem está interessado em dinamizá-las, também pode ser usado externamente e em outras aplicações de apoio à aprendizagem, através de link ou código de incorporação.

Para terminar e complementar a informação deste artigo, deixo-vos um excerto do Webinar com a seleção do que foi abordado sobre o EdPuzzle.

Uma ferramenta muito interessante e com muita utilidade no trabalho com vídeos em sala de aula ou à distância.

Vale a pena experimentar! Espero ter ajudado com as dicas.

Partilha com um colega que utilize habitualmente o vídeo em sala de aula!

Boas edições!

Créditos da imagem de Destaque

Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay

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3 ferramentas para criar cartazes interativos https://www.educatech.pt/3-ferramentas-para-criar-cartazes-interativos/ https://www.educatech.pt/3-ferramentas-para-criar-cartazes-interativos/#respond Fri, 22 Mar 2019 10:16:00 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=785

Desde os meus tempos de escola que os cartazes ou posters são dos produtos mais habituais nos trabalhos realizados em diversas disciplinas. São, normalmente, utilizados para divulgar ou informar sobre uma palestra, um workshop, uma campanha, um tema científico, entre muitos outros exemplos.

(Quase) ninguém tem dúvidas das suas potencialidades, nem tão pouco das competências que poderão ser desenvolvidas na sua criação.

Atualmente, os cartazes são maioritariamente criados em formato digital, e divulgados nas plataformas online das escolas, sendo também impressos para afixação no espaço escolar.

Ora, tendo em conta esta vertente digital, será que nas escolas já se pensou sobre a possibilidade de criar cartazes interativos?

Ahhh… se neste momento já estás a ouvi um som estranho, desce no artigo e clica na pausa num dos documentos incorporados. Infelizmente tem início automático não configurável. Sorry!

Formas de utilização dos Cartazes

O cartaz, ou poster, é utilizado como um poderoso meio de comunicação com o objetivo de transmitir uma mensagem. Apresenta-se de formas muito diversificadas, desde os mais simples aos mais criativos e por vezes extravagantes.

As grandes marcas apostam muito nos outdoors para chamarem a atenção dos consumidores.

Exemplos criativos de outdoors (Cartazes XL)

Inicialmente, os cartazes eram concebidos, sobretudo, para fins comerciais e industriais, mas ao longo dos tempos começaram a ser usados como forma de divulgação cultural, social ou política.

Quanto à informação transmitida, os cartazes podem ser categorizados em:

  • Cartaz comercial ou publicitário.
  • Cartaz informativo e didático.

Apesar de serem utilizados os cartazes publicitários nas escolas, a abordagem deste artigo integra-se mais na 2ª categoria, os cartazes que têm como objetivo/função comunicar mensagens para ensinar algo.

São exemplo disso os posters científicos.

Multimédia e a Interatividade

Com a evolução da tecnologia e a crescente utilização da Internet para divulgar e valorizar os trabalhos dos alunos, urge que o formato dos cartazes também possa acompanhar esta transformação dos meios de comunicação.

Por isso trago a ideia de criação de cartazes interativos multimédia.

Para pensar neste formato é importante manter as regras de construção de um cartaz e adicionar elementos que enriqueçam a mensagem.

A um cartaz deste género é possível adicionar:

  • Textos sempre necessários em títulos e conteúdo, formatados com a diversidade de fontes e cores.
  • ligações externas (links), para aprofundar um conceito ou recolher informações, por exemplo;
  • Imagens ou galerias de imagens que ilustrem melhor um determinado assunto;
  • Vídeos que apresenta, explicam ou exemplificam conceitos ou técnicas;
  • Sons, que podem ser gravações do próprio texto (acessibilidade) ou complementos de informação. Podem também ser sons de animais, ambientes, maquinarias, etc…
  • Música para criar um ambiente.

No meu ponto de vista, percebe-se, claramente, que as potencialidades de um cartaz interativo multimédia são muito superiores às do cartaz “tradicional”.

Para além do conteúdo mais apelativo, também acresce a possibilidade de ser visto e analisado (ou avaliado) por muito mais pessoas, visto que este tipo de publicação permite a partilha e incorporação em vários espaços na web.

Creio que é uma boa opção para um trabalho ou projeto, podendo ser desenvolvido em qualquer ciclo de ensino, adaptado à autonomia dos alunos, e em qualquer disciplina, área curricular ou extracurricular.

Também pode ser uma ferramenta útil para o professor apresentar ou concentrar conteúdos.

Brevemente (ou já) em 360º

Apesar de já estar bastante difundida e associada a ambientes de imersão, a tecnologia de imagem panorâmica ou vídeo panorâmicos 360º ainda não é muito utilizada nas escolas.

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De qualquer forma, é importante perceber que existem muitas iniciativas associadas à Realidade Virtual com aplicações na educação. Muitas delas passam também pela criação de ambientes multimédia interativos, que possibilitam aprendizagens muito diversificadas. E, muito brevemente, estarão a chegar à escola e irão ter o seu espaço, certamente

Apesar de ser construída através de uma estruturação diferente, a lógica de funcionamento é muito semelhante à dos cartazes ou posters interativos multimédia.

O Thinglink tem uma ferramenta, na versão Premium, que permite a edição de imagens ou vídeos panorâmicos com interatividade.

Ferramentas para criar Cartazes Interativos

1. Glogster

Glogster

O Glogster é uma plataforma que permite criar cartazes interativos multimédia. De uma forma muito intuitiva, torna-se fácil que professores/educadores e/ou alunos criem os seus cartazes, adicionando informação extra às suas fotografias.

Tal como em outros aplicativos, o Glogster funciona numa lógica de rede social onde os utilizadores partilham as suas criações. Existe, portanto, a possibilidade de interatividade, avaliação, crítica, etc…

A versão grátis permite utilizar as funcionalidades de forma limitada, mas suficiente.

2. Thinglink

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O Thinglink está a ganhar muito terreno em relação a muitos outros editores de imagem. De tal forma que, pelas suas potencialidades interativas, se transformou em ferramenta de eleição para criação de produtos de apresentação de alguns projetos Erasmus+ (ver exemplo aqui).

Com todas as suas funcionalidades bastante simples, é possível dar vida às tuas fotografias, tornando-as interativas e multimédia, sendo possível agregar vídeos, músicas, textos e links.

O trabalho pode ser feito com imagens gratuitas e de livre utilização na Internet (ver artigo “9 Sítios onde podes encontrar imagens de qualidade e gratuitas“), das contas pessoais em bancos de imagem (Flickr, Facebook, Instagram) ou a partir de fotografias carregadas pelos utilizadores.

Como é habitual neste tipo de plataforma, é possível partilhar ou incorporar os cartazes/posters em outros espaços online.

A versão gratuita (apenas para imagens simples) permite a utilização ao nível da construção dos cartazes, com algumas limitações, contudo está limitada apenas ao nível da criação de espaços para turmas por parte dos professores. Para configuração interativa de imagens/vídeos 360º, apenas com a utilização da versão Premium, que tem um custo a partir de aproximadamente 30€/ano, na versão individual

3. iPosterSessions

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Ipostersessions é uma empresa americana, existente há mais de 20 anos, sempre se dedicou à criação de sistemas multimédia interativos. Começou por trabalhar com museus, centros de ciência e outros ambientes de aprendizagem.

O trabalho era realizado pela empresa para as entidades que a contratavam. Recentemente, decidiram entrar na nova vaga de negócios e disponibilizaram aplicativos para que o próprio utilizador crie o seu próprio cartaz interativo.

Dos exemplos que o site disponibiliza, verifica-se que pode ser muito utilizado em posters científicos, nomeadamente para trabalhos realizados por professores ou alunos (ver exemplos aqui).

Nesta plataforma não está disponível a opção de incorporação, pelo que disponibilizo um poster de Microbiologia através de um link direto.

A versão grátis é tem limitações nas suas potencialidades, contudo é bastante funcional até a um máximo de 5 cartazes por utilizador.

Ficam apresentadas 3 ferramentas que poderão ser úteis na elaboração de um produto diferenciado, atrativo e com potencialidade para aprofundar conhecimentos.

Tal como em outras ferramentas, para o professor é importante analisar os exemplos já existentes, pensar em formas de rentabilizar o formato e, se achar conveniente, escolher uma plataforma para testar. Só assim poderá exemplificar o que pretende, com casos práticos.

Bons trabalhos!

Créditos da imagem de destaque

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