Smartphone – EducaTech.pt https://www.educatech.pt Literacia Digital para Professores Thu, 22 Oct 2020 16:05:53 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://i0.wp.com/www.educatech.pt/wp-content/uploads/2018/11/cropped-Ico.png?fit=32%2C32&ssl=1 Smartphone – EducaTech.pt https://www.educatech.pt 32 32 157763028 Telemóvel em Sala de Aula? Nearpod(e) ser uma solução! https://www.educatech.pt/nearpod/ https://www.educatech.pt/nearpod/#respond Fri, 16 Oct 2020 12:30:58 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=770 Hoje trago-vos uma aplicação ainda pouco conhecida e divulgada – O NEARPOD.

A aplicação Nearpod permite ao professor criar apresentações, partilhar a aula em tempo real, monitorizar os dispositivos dos alunos e receber os relatórios de desempenho.

  Antes de apresentar o Nearpod…

Numa fase em que (ainda) se discute a utilização dos telemóveis e tablets na sala de aula, é importante referir que, para que tal aconteça, é necessário compreender as suas potencialidades. Usar só por usar nunca é uma boa solução. É preciso existir uma estratégia, muito rigor e compromisso por parte dos alunos e, como é natural, ferramentas que valorizem essa utilização.

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São muitos os exemplos existentes no mercado. Há alguns que são pagos, e podem ser uma opção para as escolas que tenham essa possibilidade, e há outros que, nas suas versões gratuitas, disponibilizam ferramentas muito úteis e interessantes.

No meu ponto de vista, o mais importante na implementação destas estratégias, é que as aplicações cumpram a maioria dos seguintes requisitos:

  • Possibilidade de utilização de Recursos Multimédia que ilustrem e enriqueçam os conteúdos;
  • Qualidade das apresentações;
  • Ligação efetiva e direta do equipamento do professor com o dos alunos (computador, smartphone/iphone ou tablet);
  • Interação com vários formatos de ficheiros;
  • Simplicidade na criação por parte dos professores;
  • Simplicidade na utilização por parte dos alunos;
  • Interatividade e feedback com os utilizadores;
  • Permitam recolher dados de avaliação;

Atendendo à lista exigente, não existem muitas aplicações que incluam todos estes requisitos. Em muitos casos, é necessário recorrer a mais do que uma, o que torna o trabalho do professor mais complexo e a necessidade de alternar entre aplicações.

Para além disso, são necessários os equipamentos e a ligação estável e com velocidade aceitável para que a implementação não seja uma ilusão.

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Em muitas escolas (talvez a maioria) este é um obstáculo evidente. As queixas sobre a falta ou a falha destes recursos são diárias.

Os agrupamentos/escolas não têm capacidade financeira para renovar o parque escolar, para adquirir conjuntos de tablets ou ipads, e muito menos para conseguir que a manutenção dos equipamentos seja feita em tempo útil.

Para a opinião menos informada, é preciso referir que esta manutenção é assegurada muitas vezes por professores (com poucas horas(ou nenhuma) disponibilizadas) ou por empresas que não conseguem estar presentes para resolver os problemas do quotidiano. Os Agrupamentos têm mais de 1000 equipamentos, por isso, necessitam de ter técnicos a tempo inteiro para assegurar o seu bom funcionamento. Comparativamente, há instituições públicas que, com menos equipamentos, têm 4 ou 5 técnicos a tempo integral que asseguram este serviço. Incompreensível.

De qualquer forma, com as condições existentes e com muito esforço de alguns grandes profissionais, há possibilidade de realizar experiências muito interessantes.

Mas afinal o que é o Nearpod???

Uma ferramenta que reúne a maioria dos requisitos que referi é o Nearpod.

Esta ferramenta criada por uma equipa americana, disponibiliza um conjunto muito interessante de potencialidades na sua versão gratuita. A maior parte dos aplicativos são mais funcionais para a utilização fora da sala de aula, por isso, a ideia principal da equipa foi criar um sistema que pudesse ser rentabilizado nesse espaço.

Por todo o mundo se percebe que a atenção está nos dispositivos móveis. Tentar utilizá-los para envolver os alunos é um dos maiores desafios. E o Nearpod apresenta essa possibilidade.

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Potencialidades

  • Compatível com quase todos os sistemas operativos (Windows, Mac, Android, iOS, ChromeBook e Windows Mobile)
  • Criação e Integração de Conteúdos pessoais – Apresentação, Vídeo, Imagem (2D, 3D e Panorâmica), Ficheiros (pdf, powerpoint) e áudio.
  • Integração de Conteúdos web externos – Vídeo, Imagem (2D, 3D e Panorâmica), Ficheiros (pdf, powerpoint) e áudio.
  • Criação de atividades: Sondagem, Quiz, Jogos de pares, Desenho, Resposta de desenvolvimento, Colaboração (virtual post-its), preenchimento de espaços, testes de memória;
  • Interação com os alunos em tempo real;
  • Relatórios de avaliação das atividades realizadas pelos alunos;
  • Acesso à contente Store, uma loja com conteúdos prontos grátis e pagos (em inglês);
  • Possibilidade de criação colaborativa de apresentações;
  • Apenas o professor tem de estar registado, os alunos acedem por código de apresentação (ao género do Kahoot);
  • App gratuita para os dispositivos;
  • Até 40 alunos em simultâneo;
  • Partilha da apresentação pode ser assíncrona ou síncrona.
  • Na apresentação síncrona é o professor que comanda as transições.

Sem ir a todos os pormenores, é visível que as potencialidades são bastantes. Agora é analisar e planificar com estratégia. Como em qualquer outra ferramenta, sugere-se que se façam pequenas experiências, que podem ser antecipadamente testadas num pequeno grupo de trabalho de professores.

Um exemplo retirado dos recursos gratuitos disponibilizados:

De realçar que as versões Premium permitem, para além de todas estas, o acesso a outras ferramentas, das quais destaco as atividades com recurso a VR (Virtual Reality).

Algumas limitações:

  • Total de espaço gratuito para armazenamento interno de ficheiros reduzido 50 Mb;
  • Máximo de cada apresentação 20 MB;
  • Versão Gold – 8,85€ (10$) por mês – 3Gb de espaço, máx. 40 Mb por apresentação e até 50 alunos, com mais funções disponibilizadas.
  • A versão para Escolas não tem preço disponível, apenas por contacto direto.


Ainda assim, considero que é uma ferramenta que vale a pena testar!

Aqui neste blogue, fica a promessa de voltar ao assunto, de uma forma bem mais prática.

Deixo-vos um vídeo com mais algumas indicações.

New lessons with Nearpod from Nearpod on Vimeo.

Algumas das Imagens do artigo (originais e adaptadas) foram retiradas do site Nearpod e de Pexels, com utilização de acordo com as licenças disponibilizadas.

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3 Dicas Simples para começar uma Dieta Digital https://www.educatech.pt/3dicas-para-comecar-uma-dieta-digital/ https://www.educatech.pt/3dicas-para-comecar-uma-dieta-digital/#comments Wed, 14 Oct 2020 22:47:22 +0000 http://demo.themeruby.com/innovation_default/?p=801 Vivemos num mundo frenético, onde os acontecimentos são extremamente velozes, em que temos, por vezes, a sensação de que estamos sempre ligados e conectados com a rede. Esta sensação que, para muitos é uma realidade, cresceu exponencialmente com a massificação dos smartphones/iphones e com a crescente oferta de aplicações e serviços preparados criteriosamente para que esta ligação se efetive e permaneça.

Por isso, é muito fácil darmo-nos conta de que gastamos demasiado tempo a olhar para os pequenos ecrãs, passando muito tempo online enquanto o mundo real passa por nós.

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Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

A sobrecarga digital é uma (triste) realidade, de tal forma que estes casos de dependência, tal como nos jogos, já podem ser considerados doença. As clínicas e terapias para a já conhecida desintoxicação digital estão a nascer e irão prosperar, seguramente.

Em alguns casos, pessoas que, por opção, decidem abandonar o mundo consumista tal como ele se está a impor a uma grande percentagem da população, alterando completamente o seu estilo de vida, a desintoxicação digital é, sem dúvida, a solução ideal. Existe, nestes casos, a opção de rotura com tudo o que é digital, tecnológico e atual. Na minha opinião esta é uma decisão corajosa e sensata, mas (aparentemente) difícil de implementar!

Mas esta não é a realidade para a grande maioria dos mortais! Portanto, parece óbvio que uma desintoxicação digital, ainda que temporária, pode parecer algo absurdo. Creio, até, que sem um enquadramento correto, poderia levar muitos à loucura.

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Imagem de Pete Linforth por Pixabay

A importância de Reconhecer o Problema

Seja qual for a opção, importa, tal como em qualquer outro tipo de doença, assumir que existe um problema, que o tempo utilizado é demasiado, que existe a sensação de que o mundo está a passar ao nosso lado. Este tem de ser o ponto de partida. Caso contrário, tudo o que se disser vai parecer anedótico.

Pertencemos às primeiras gerações que está a ter este tipo de comportamento. Não existem estudos sobre quais serão as consequências reais ao nível da saúde no futuro próximo. Estamos, de certa forma, a servir de cobaias.

E também não sabemos quais serão os resultados a longo prazo, quando a maioria das pessoas simplesmente não conseguir viver sem os smartphones/Iphones, computadores ou quaisquer outros dispositivos ligados à Internet.

É melhor começar com uma Dieta…

Numa altura em que não há certezas de nada, em vez do radicalismo da não utilização, penso que será preferível uma Dieta Digital.

Tal como em qualquer caso, sabemos que o excesso não é bom.

Com um conjunto de regras simples podemos manter-nos ligados ao digital sem que o uso seja constante ou nos interrompa constantemente. Ao fim de algum tempo será possível criar novos e melhores hábitos, podemos sentir-nos menos “culpados” pelo tempo desperdiçado e, certamente, mais produtivos.

Parece-te fácil? Olha que não, largar um vício é sempre uma tarefa árdua! Mas não perdes nada em tentar!

Agora, as 3 Sugestões…

Das muitas possibilidades, resolvi selecionar 3 Dicas que te podem ajudar a iniciar uma Dieta Digital sem grande custo.

1. Sem Acesso – Estabelecer horários onde não podes usar a tecnologia.

Como em outros casos, é aqui que começa a “dieta”. Em vez de comermos muito pão, comemos pouco.

Em vez de eliminar, podemos definir limites. Claro está que esses limites dependerão de pessoa para pessoa, consoante o nível de dependência e das suas necessidades individuais da tecnologia, a nível profissional, por exemplo.

Os períodos OFF podem ser definidos por cada um, devem ser constantes e, no caso das famílias, pode ser extensível, para que não custe tanto.

A decisão pode passar pelas primeiras horas da manhã, no momento em que faz exercício. As refeições também podem ser boas opções, tornando o contacto com o mundo real mais fácil, seja em família, com os amigos, com colegas de trabalho ou até mesmo sozinho. Há várias opiniões, por exemplo, que aconselham a que o contacto com a tecnologia, seja ela qual for, deverá parar pelo menos uma hora antes de deitar, culminando com um sono de maior qualidade.

Seja qual for a decisão, o horário ou horários que escolheres, certifica-te de cumpri-lo(s). Só assim poderás criar um novo hábito e poderás desfrutar dos resultados.

2. Sem Notificações – Evita a insanidade das notificações.

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O grande problema dos ecrãs digitais é que, na maior parte dos casos, eles podem tornar-se distrações.

Por vezes, os equipamentos parecem que nos “obrigam” a estar distraídos. Para além dos smartphones/iphones, são vários os equipamentos que se interligam para que não possamos perder uma notificação.

Se tens um Smartwatch ou uma banda fit ligada ao smartphone/iphone com as notificações ativadas, então irás recebê-las em duplicado e irás ouvir um zumbido e sentir a tremedeira no teu pulso.

Mesmo sem este tipo de duplicação de notificações, é comum vermos gente a olhar constantemente para o telemóvel, a verificar se a luz intermitente (de cores diversas) indica  que, finalmente, chegou algo de novo (chamada, sms, email, notícia, comentário, gosto, etc…)!

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

As notificações têm o condão de tornar um equipamento sempre ativo, podem até tornar-se aborrecidas. Recomenda-se, portanto, que seja feita uma gestão das notificações. Para começar, desativa as que não precisas, de todo.

Sei que haverá pessoas a pensar que “só vão ver as notificações se quiserem”. É certo, nós deveríamos ter essa disciplina, mas, se formos sinceros, não é realmente assim que acontece, pelo menos com a maioria das pessoas.

Imagina que costumas receber bastantes emails de trabalho. Se as notificações estiverem ativadas (e ligadas a um Smartwatch) é muito natural que exista a tentação de abrir a mensagem.

Se estiveres a realizar uma tarefa, ou em período de descanso, essas interrupções podem quebrar o ritmo de trabalho e o foco no que realmente seria importante.

Deves desativar essas notificações e criar um hábito de verificar o email (trabalho ou pessoal) manualmente em intervalos que façam sentido em termos de atualização.

O exemplo das notificações do email aplica-se a todas as outras notificações ativas no teu smarphone.

3. Faz uma reflexão sobre as Redes Sociais. Já.

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

As redes sociais existem porque existem utilizadores fiéis. É também um facto que as Redes Sociais são um negócio bastante rentável. E, naturalmente, para que esta relação se mantenha é importante criar mecanismos que incentivem uma utilização crescente, e isso é possível de diversas formas, muito estudadas pelos gurus do Marketing.

Por tudo isto, é normal que em algum momento te sintas “sugado” por alguma Rede Social. O nosso cérebro é muitas vezes “caçado” por motivos pouco produtivos, engendrados por tipologias de aplicações preparadas para esse efeito.

Não sou contra as Redes Sociais, pelo contrário, na sua essência está uma lógica de aproximação entre pessoas que estão longe geograficamente, da criação virtual de uma rede de amigos e família. O problema está na forma e conteúdo muitas vezes usados nestas plataformas. Conteúdos que, ao fim e ao cabo, conseguem enredar pessoas que não conseguem equilibrar este uso, “gastando” centenas de horas de forma improdutiva.

Sem aprofundar um tema importante, refiro que também é fundamental percebermos o que realmente é publicável nestes espaços pouco privados. Existem já vários indícios e estudos sobre a influência das Redes Sociais nos níveis de ansiedade, de stress ou de autoconfiança.

Tal como foi referido para os emails, notificações e uso de equipamentos, é importante que na gestão da utilização destas Redes Sociais, se consigam definir horários específicos durante o dia.

Devemos ser inteligentes na gestão do nosso tempo para que o consigamos alocar para tarefas que realmente nos ajudam a cumprir objetivos.

O segredo é sempre o equilíbrio.

Das muitas possibilidades que podiam ser destacadas, escolhi apenas 3 dicas “relativamente” simples para que possas iniciar uma redução de utilização de ecrãs, se realmente sentires que é positivo e necessário.

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Imagem de suju por Pixabay

São vários os sinais de que a nossa sociedade (refiro-me aos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento) está a ficar muito dependente dos pequenos ecrãs. É preciso estar alerta para que possamos entender os sintomas dessa dependência, assumir que está a começar a ser um problema. Só assim podemos passar para a fase seguinte.

E com isto não estou a banalizar, criticar ou menosprezar as Tecnologias. Apenas a referir que não nos podem dominar, que devemos manter o equilíbrio com a vida real, a importante ligação com a natureza e com todas as pessoas que mais gostamos.

Sem esta harmonia será impossível desfrutarmos dos benefícios evidentes desta evolução.

Pensa nisto!

Créditos da imagem de destaque:

Imagem de Pete Linforth por Pixabay

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https://www.educatech.pt/3dicas-para-comecar-uma-dieta-digital/feed/ 1 801
Criar, Alojar E Partilhar Podcasts De Forma Totalmente Gratuita https://www.educatech.pt/criar-podcasts/ https://www.educatech.pt/criar-podcasts/#respond Wed, 07 Oct 2020 21:04:18 +0000 https://www.educatech.pt/?p=2840 Nos últimos tempos, por razões muito diversas, os Podcasts têm feito parte das minhas rotinas. No meu ponto de vista, há uma característica que os torna tão importantes: a portabilidade. No artigo de hoje, trago este tema, e faço uma breve associação à sua aplicabilidade na Educação.

O que são Podcasts?

Os Podcasts são ficheiros de áudio que podem ser reproduzidos online através de streaming, ou através de download e reprodução num dispositivo qualquer (computador, smartphone ou tablet).

O formato final é muito semelhante a um programa de rádio. Podem ser Podcasts simples, ou organizados em séries com episódios, onde os temas podem ser muito diversificados (política, desporto, marketing, sexualidade, advocacia, limpezas,… e educação). Os podcasts poderão ser encontrados online, em sites específicos ou através de aplicações que organizam e disponibilizam podcasts por categorias ou temas, disponibilizadas em sistemas Android e IOS.

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Foto de Vlad Bagacian no Pexels

Nesta pequena investigação, descobri que o termo podcast surge no início do milénio, na altura de grande expansão do formato mp3 e tem origem na junção de duas palavras “iPOD” (o equipamento de reprodução de áudio da Apple) e BroadCAST (transmissão, difusão, em inglês).

Atualmente, na era do streaming e com a popularização das plataformas digitais, é fácil perceber que a acessibilidade aos conteúdos melhorou bastante, tornando os podcasts disponíveis a qualquer momento. Com a portabilidade dos equipamentos, e com os sistemas de transmissão por Bluetooth, por exemplo, tornou-se fácil acompanhar os programas de áudio em qualquer local.

Os 100 podcasts mais populares no momento (07/10/2020)

E qual pode ser a utilidade na Educação?

Atendendo ao facto de os alunos com quem trabalhamos nas escolas serem nativos digitais, é fácil perceber que (também) o áudio digital é muito utilizado por eles. São muitos os que utilizam as gravações de áudio para comunicar, em vez do texto, nomeadamente através do WhatsApp. Para além disso, muitos são os jovens que são “consumidores” de séries de Podcasts sobre os mais variados temas. Também é habitual termos alunos a gravar (de forma legal, ou ilícita) algumas aulas para poderem voltar a ouvir.

É importante referir que há uma oportunidade de aproveitar esta hipótese de utilizar o áudio em prol das aprendizagens e do desenvolvimento de competências.

Para começar, uma forma simples de utilização deste recurso poderá ser a criação e partilha de conteúdos da disciplina gravados pelo professor e disponibilizados aos alunos, evitando assim as ilegalidades. O professor pode também pesquisar e sugerir podcasts de qualidade, no âmbito de várias temáticas. Para esta utilização ser mais generalizada é importante realizar um trabalho de divulgação e sensibilização para o formato.

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Foto de Christina Morillo no Pexels

Os Podcasts também podem ser utilizados pelos alunos, individualmente ou em grupo, para treinar a oralidade, tanto na Língua Portuguesa como na Língua Estrangeira.

Naturalmente, podem ser muito importantes para estudantes invisuais, e também para os alunos com Dificuldades de Aprendizagem ou Necessidades Educativas Especiais.

A utilização de ficheiros áudio contribui para a exploração do sentido auditivo e dos sons que compõem o mundo. Pode também constituir um veículo de reflexão sobre determinado processo de aprendizagem ao mesmo tempo que gera um aprofundamento de conhecimentos relacionados com a apresentação de conteúdos de forma estruturada.

Lidia  – Literacia Digital de Adultos –  http://aprendercomtecnologias.ie.ulisboa.pt/)

A criação de Podcasts Temáticos pode ser uma Excelente forma de estimular a Opinião Crítica sobre assuntos atuais e/ou polémicos e, também, para desenvolver Competências Digitais nesta área específica, na produção e na publicação e partilha.

A produção de Podcasts pode ajudar os alunos a sintetizar ideias, a elaborar conhecimento, a comunicar de forma crítica e, em alguns casos, a estimular o trabalho de equipa e de colaboração.

Como criar e publicar Podcasts?

Com a massificação dos equipamentos móveis e com a crescente qualidade dos seus componentes, gravar áudio é uma tarefa cada vez mais simples. Neste momento, fazer uma gravação não exige uma mesa de mistura, um microfone externo, nem tão pouco gravadores caros. Todos os smartphones/iphones têm essa funcionalidade. Portanto, professores e alunos podem criar Podcasts de forma relativamente fácil.

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Imagem de Csaba Nagy por Pixabay

A edição mais avançada pode ser uma mais-valia para a qualidade dos Podcasts, contudo não é uma condição obrigatória. De qualquer forma, realizar algumas correções no som e incluir música e sons poderá tornar um podcast bem mais interessante. Para isso, é necessário utilizar uma aplicação que permita incluir vários elementos de som para compor a gravação. São várias as hipóteses, mas uma das mais utilizadas é OpenSource e é totalmente gratuita – Audacity.

Guião de utilização Audacity – ERTE

Criar e Partilhar online – Anchor.fm

São vários os exemplos de espaços online onde é possível a criação e partilha de podcasts. De entre as várias opções, trago o Anchor.fm que permite criar, alojar e partilhar de forma totalmente gratuita, por enquanto, sem limitações. A maior parte das aplicações online “oferecem” entre 3 e 6 horas de gravações na sua versão grátis. Por isso, esta parece-me uma boa solução.

O Anchor.fm permite:

  • Gravar o Podcast ou fazer o Upload do ficheiro de áudio;
  • Cortar partes do áudio gravado;
  • Criar uma estrutura de cada episódio;
  • Adicionar uma música de fundo e transições de áudio.
  • Publicar e partilhar o Podcast

 Esta aplicação pode ser utilizada diretamente no browser, em qualquer computador, ou através dos equipamentos móveis (Smartphone/Iphones e tablets/Ipads), compatível com os sistemas Android e IOS.

Para os mais avançados, é importante perceber que os Podcasts são, também, uma forma de produção de conteúdos que poderão ser rentabilizados online.

Principais Ações no Anchor.fm:

Criar Conta

Para ter uma conta no Anchor.fm poderás realizar uma das seguintes opções:

  1. Fazer diretamente o login através de ligação à conta de email ou do Facebook, Twitter ou Apple.

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2. Criar conta através do processo manual. Para tal basta preencher os campos obrigatórios: Nome, email e password. Depois é só confirmar a conta no email que é enviado automaticamente.

Ima 2 Conta manual

Também é possível fazer a importação de podcasts alojados em outros servidores.

Criar Podcast

Este é o procedimento de criação de um espaço onde vamos colocar os nossos episódios. Para concluir este processo deveremos preencher os seguintes campos: Nome, Descrição, Capa, Tema/Categoria, Língua do Podcast e mais algumas definições associadas ao nosso perfil, nomeadamente a ligação às nossas redes sociais.

Ima 3Configurar Podcast

Criar Episódios

1 – Criar um Episódio

Para começar devemos clicar no botão

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2 – Adicionar conteúdo:

A – Gravar diretamente na aplicação (exigem microfone, do portátil ou smartphone/iphone)

B – E/Ou carregar o ficheiro com a gravação (MP3 ou outro)

Ima 4 b novo audio

3 – Organizar sequência do Episódio (Gravação áudio e Transições).

Neste passo podemos escolher os ficheiros de áudio, ordená-los de acordo com a sequência desejada e adicionar pequenos separadores musicais, por exemplo, para separar os temas do Podcast.

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4 – Adicionar uma música de fundo na gravação (se esse for a intenção)

Se desejarmos que a nossa gravação tenha uma música de fundo, podemos escolher de entre as opções disponibilizadas pelo Anchor.fm, organizadas tematicamente.

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Esta música poderá ser sempre alterada, se assim desejarmos.

Podemos também escutar como está a ficar o nosso episódio do Podcast

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Guardar e Publicar

Quando guardamos pela primeira vez o episódio, é preciso e importante preencher um conjunto de campos: Nome, Descrição, Data para publicação, Tipo de Episódio, Tipo de Conteúdo, Série e número de episódio e a Capa do Episódio. Estas informações poderão ser alteradas ou atualizadas em qualquer momento.

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Para que o Podcast fique disponível, é necessário Publicá-lo.

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Podemos partilhar os nossos episódios diretamente no Facebook ou Twitter, através de Link ou código HTML para Incorporar.

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Para além de alguns detalhes mais avançados, como a partilha dos Podcasts noutras aplicações, podemos também ter acesso à nossa página Anchor.fm aqui:

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Depois destes comandos com instruções, agora é só experimentar para poderes testar e trabalhar com os alunos.

No final, deixo-vos este artigo em Podcast. Uma experiência com o Anchor.

Bom trabalho!

Créditos da Imagem de Destaque

Foto de Mingyue H no Pexels

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