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Literacia Digital

Academia Digital Educatech – Competências Digitais

Depois de feita a apresentação do Plano de Transição Digital no episódio anterior, trago hoje a apresentação dos vários níveis de Competências Digitais previstas no Quadro Europeu para as Competências Digitais dos Professores e Educadores. No episódio 7 desta Websérie “Academia Digital Educatech” faço a ligação entre os resultados do Check-in e os níveis de Proficiência do DigCompEdu.

Por falar em Competências Digitais, sei que recentemente realizaste o tão famoso Check-in, que te posicionou num dos níveis previstos (1, 2 ou 3). Mas, por acaso já fizeste o mesmo teste, mas enquadrado com o DigiCompEduc para tentares perceber em que nível de proficiência te enquadras? Esse é o ponto de partida.

Nest teste é fundamental que as respostas sejam profundamente honestas e corretas para que o resultado seja o mais próximo da realidade. De nada nos vale embandeirar um nível de proficiência (geral) de “Especialista”, quando na verdade, em muitas áreas, ainda podemos ser “Recém-chegados”. Estas informações são individuais e não devem ser usadas como motivadoras de estatutos no nosso meio envolvente.

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Image by Gordon Johnson from Pixabay
É importante recordar que este Quadro permite que cada um de nós defina o percurso formativo para conseguir melhorar as competências digitais de forma sustentável. Muita dessa formação pode (e deve) ser realizada de forma autónoma.

Do meu ponto de vista, a maior parte dos professores deverão ter como referência o Nível de “Especialista” em cada uma das Áreas. Apenas alguns terão perfil, ou o objetivo, de serem Líderes ou Pioneiros. Este Quadro tem as indicações muito específicas sobre a forma como o poderão ser, se assim o entenderem, seguindo o modelo de progressão.

Este modelo auxilia os professores e/ou educadores a entenderem quais os seus Pontos Fortes e Fracos, fornecendo uma descrição de como poderão superar etapas e níveis até ao ponto de poderem melhorar ou reforçar as suas competências digitais.

Para que a compreensão destes níveis de proficiência não fosse difícil e para que fossem coerentes ao nível europeu, os responsáveis optaram por utilizar a taxonomia do Quadro Comum de Referência para as Línguas, que variam entre o A1 e o C2, que se baseia na taxonomia revista de Bloom, tanto nos níveis como na progressão.

Com base nas etapas explicadas nesta taxonomia, os níveis do Quadro encaixam nas várias etapas cognitivas para qualquer processo de aprendizagem:

  • Lembrar e Compreender – Recém-Chegado (A1) e Explorador (A2)
  • Aplicar e Analisar – Integrador (B1) e Especialista (B2)
  • Avaliar e Criar – Líder (C1) e Pioneiro (C2)

Ora, como este modelo cria níveis de competências diferenciados, rapidamente foi criticado por poder ser uma ameaça para os professores menos hábeis com as Tecnologias.

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Image by Gerd Altmann from Pixabay

Na análise do documento é fácil entender que se trata de um guião orientador para o processo de formação individual, sem caráter normativo, sem obrigatoriedade e muito menos para ser utilizado na avaliação do desempenho.

Atualmente, ser conhecedor das potencialidades infinitas da utilização das Tecnologias na Educação ainda é apenas uma opção.

De qualquer forma, o modelo não pretende que todos sejam Líderes ou Pioneiros. Isso dependerá dos objetivos individuais de cada profissional. No entanto, de acordo com os vários descritores de cada nível, o documento refere a importância de aproveitar os pontos fortes de cada professor para a sua participação numa comunidade profissional, nas várias equipas de trabalho em que intervém.

Com base nos vários indicadores, apresentados e aprofundados no Quadro DigCompEdu, transcrevo neste artigo as caracterizações que se podem aplicar aos diferentes níveis de competências:

Recém-chegado (A1)

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Os Recém-chegados têm consciência do potencial das tecnologias digitais para melhorar a prática pedagógica e profissional. No entanto, tiveram muito pouco contacto com tecnologias digitais e usam-nas maioritariamente para preparação de aulas, administração ou comunicação institucional. Os Recém-chegados precisam de orientação e incentivo para expandir o seu repertório e aplicar a sua competência digital no domínio pedagógico.

Explorador (A2)

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Os Exploradores têm consciência do potencial das tecnologias digitais e estão interessados em explorá-las para melhorarem a prática pedagógica e profissional. Começaram a usar tecnologias digitais em algumas áreas de competência digital, sem, no entanto, seguirem uma abordagem abrangente ou consistente. Os Exploradores precisam de incentivo, visão e inspiração por parte de colegas, que podem ocorrer através do exemplo e orientação incluídos numa troca colaborativa de práticas.

Integrador (B1)

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Os Integradores experimentam as tecnologias digitais numa variedade de contextos e para uma série de propósitos, integrando-as em muitas das suas práticas. Utilizam-nas de forma criativa para melhorar diversos aspetos do seu envolvimento profissional. Os Integradores estão dispostos a expandir o seu repertório de práticas. No entanto, ainda estão a melhorar a compreensão sobre que ferramentas funcionam melhor em que situações e sobre a adequação de tecnologias digitais a métodos e estratégias pedagógicas. Os Integradores só precisam de mais algum tempo para experimentarem e refletirem, complementado por incentivo colaborativo e troca de conhecimento para se tornarem especialistas.

Especialista (B2)

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Os Especialistas usam uma variedade de tecnologias digitais com confiança, criatividade e espírito crítico para melhorar as suas atividades profissionais. Selecionam tecnologias digitais propositadamente para situações específicas e procuram compreender as vantagens e desvantagens de diferentes estratégias digitais. São curiosos e abertos a novas ideias, sabendo que há muitas coisas que ainda não experimentaram. Usam a experimentação como um meio de expandir, estruturar e consolidar o seu repertório de estratégias. Os Especialistas são o alicerce de qualquer instituição educativa quando se trata de inovar práticas.

Líder (C1)

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Os Líderes têm uma abordagem consistente e abrangente na utilização de tecnologias digitais com vista a melhorar práticas pedagógicas e profissionais. Contam com um amplo repertório de estratégias digitais, do qual sabem escolher a mais adequada para determinada situação. Refletem e desenvolvem continuamente as suas práticas. Mantêm-se atualizados quanto a novos desenvolvimentos e ideias através de trocas com colegas. São uma fonte de inspiração para os outros, a quem passam o seu conhecimento.

Pioneiro (C2)

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Os Pioneiros questionam a adequação de práticas contemporâneas digitais e pedagógicas, das quais eles próprios são Líderes. Preocupam-se com as limitações ou desvantagens dessas práticas e são levados pelo impulso de inovar cada vez mais a educação. Experimentam tecnologias digitais altamente inovadoras e complexas e/ou desenvolvem novas abordagens pedagógicas. Lideram a inovação e são um modelo a seguir pelos outros educadores.

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Image by ar130405 from Pixabay

O documento, no capítulo das progressões entre níveis, apresenta um quadro resumo com as necessidades para cada nível e em cada uma das 6 áreas.

Importa, por isso, referir que todos os professores interessados em analisar, desenvolver e melhorar as suas competências digitais, têm neste documento uma mais-valia para poder evoluir progressivamente e experimentar práticas alternativas com recurso às Tecnologias.

Este não é um processo rápido, especialmente para os que se assumam honesta e conscientemente como Recém-Chegados. Passo a passo é possível evoluir.

Posso pedir-te um favor? Partilha este artigo com outro colega! Nem todos conhecem esta informação. Obrigado!

Boas Práticas!

Créditos da imagem em destaque
Image by Pete Linforth from Pixabay

Tags : Literacia Digital

2 comentários

  1. Caro Luís,
    tens aqui um grande esquema montado. Para além de nem sequer escreveres corretamente o nome do referencial, etc, e tal, ficava-te bem referenciares de onde copiaste o conteúdo da maior parte do teu post. Isto vale para tantos outros posts. Afinal, conhecedor que és do quadro e afins, sabes que uma das competências digitais a ter em conta é mesmo saber referenciar. Boas práticas 😉

    1. Olá João!
      Muito obrigado pelo comentário ao artigo publicado no meu blogue. E, claro, não concordo na generalidade com o que referes.
      Em primeiro lugar, não se trata de nenhum esquema, apenas de um espaço onde partilho artigos da minha autoria, alguns com referências a outros artigos e autores, quase sempre em texto. Mas podem existir alguns em que possa ter passado essa referência. Associado ao blogue tenho também alguns espaços reservados para colegas que acompanho de uma forma mais próxima, que ajudo e apoio, e que têm um valor de investimento? Sim, claro, mas isso não está escondido.
      O erro que referes em relação ao Referencial tinha um i a mais, erro de digitação. Obrigado. Ainda não tenho equipa, e é normal acontecer. Já está corrigido. No texto, ao contrário do que dizes, faço referência direta à origem de parte dos textos. O texto está da seguinte forma:
      “Com base nos vários indicadores, apresentados e aprofundados no Quadro DigCompEdu, transcrevo neste artigo as caracterizações que se podem aplicar aos diferentes níveis de competências:”

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